sexta-feira, 28 de maio de 2010

1ª Feira do Terceiro Setor da FIRB, uma mistura de solidariedade, união e trabalho

Por Barbara Cristiano e Verônica de Souza

Solidariedade, união e muito trabalho são as principais características do sucesso da 1ª Feira do Terceiro Setor das FIRB, que aconteceu durante os dias 26 e 27 de maio. O evento contou com a participação de sete entidades convidadas pelos alunos da 5ª etapa de RP da faculdade.

O professor e responsável pela realização do evento, Cyro, falou sobre a importância da Feira e o motivo que o levou a criá-la. “O Terceiro Setor é uma oportunidade não só de trabalho como também de perspectiva social e nesse sentido, a área de comunicação tem migrado de forma contundente para prestação de serviços, principalmente o relações públicas, para a captação de recursos”, e continua “A idéia da Feira surgiu justamente em unir essa oportunidade com a formação dos alunos, que precisam colocar em prática o conhecimento adquirido em algo mais prático”.

O Rotaract, uma das ONGs presentes, foi representada por um dos grupos de meninas da 5° etapa de RP, que afirmaram ter feito a escolha, pois apesar de serem alunas da Rio Branco, pouco conheciam sobre a mantenedora, e assim puderam saber mais do trabalho realizado lá dentro. Camila, uma das integrantes do grupo enfatizou: “O capital humano é o mais importante, não é o dinheiro nem os equipamentos, as ONGs são feitas da união de pessoas que lutam por um mesmo objetivo.”

Isley Cassettari, uma das fundadoras da ONG Vila Criar, que tem como objetivo influenciar de forma positiva por meio de atividades culturais e esportivas para crianças e adolescentes de baixa renda afirmou que o evento contribuiu para sensibilizar as pessoas para que colaborem de alguma maneira, e é isso que forma a entidade.

O stand da SAVA contou com a animação feita pelo Hugo, aluno de publicidade e propaganda que gentilmente aceitou ajudar na Feira interpretando o apresentador Silvio Santos. Ele incentivava as pessoas a colaborarem com um quilo de ração para ajudar a entidade. A ONG que recolhe animais abandonados e vítimas de maus tratos para tratar e cuidar até que sejam adotados, também faz um trabalho especial com os animais que possuem algum tipo de deficiência.

Segundo Daniela, aluna de RP e integrante do grupo responsável por levar a SAVA para a Feira, esse foi um dos motivos que levou o seu grupo a escolher a instituição para representarem: “queríamos uma instituição que trabalhasse com animais e encontramos a SAVA, além do excelente trabalho que fazem, nos receberam muito bem lá e achamos importante divulgar”.

No espaço dedicado ao GESP: 1º Grupo Escoteiro São Paulo, as alunas Nicole e Natalia se empenharam para divulgar o escotismo, responsável pela socialização de crianças e adolescentes através do trabalho em equipe, “os escoteiros apesar de ser mais cultural, tem uma proposta de estimula a responsabilidade e a integração”, afirmou Natalia.

A Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas (ABCD), conhecida como Mães da Sé, foi um dos destaques da feira. Criada em 1996 tem como missão encontrar pessoas desaparecidas. Ivanise Esperidião da Silva, principal responsável pela ONG, fez um relato emocionante sobre os motivos que a levaram a criar a instituição e da importância da visibilidade na resolução dos casos. “Esse trabalho nasceu justamente porque eu também sou uma mãe e procuro minha filha há 14 anos e 5 meses, a partir do momento que eu me juntei a outras pessoas que estavam passando pela mesma dor que eu, fui me fortalecendo com elas”.

Ivanise ressaltou que eventos como a Feira são muito importantes para o trabalho que realiza, pois ele depende da visibilidade das pessoas. Sobre a luta diária da Mãe da Sé Ivanise comentou “Vivemos emanadas pelo mesmo sentimento, que é o sentimento da perda dos nossos filhos e temos o mesmo objetivo, que é saber o que aconteceu. Queremos encontrar nossos filhos vivos ou mortos”. No Brasil, mais de 40 mil pessoas desaparecem por ano e muitos dos casos não são registrados, o que dificulta ainda mais o trabalho de busca.

Ainda há poucos grupos que realizam esse tipo de atividade e a sociedade, assim como o governo, não dá ao problema a devida atenção: “ainda falta muita atenção em relação ao desaparecimento de pessoas, principalmente no estado de São Paulo, que tem o maior número de pessoas desaparecidas” – no estado de São Paulo são cerca de 20 mil desaparecimentos por ano, desse número 9 mil são crianças e adolescentes – “as pessoas têm que ter a consciência de que isso não é um problema isolado, é um problema social e nós dependemos da atenção da sociedade como um todo”, conclui.

Destaque também para o projeto Tesourinha, voltado à profissionalização de pessoas carentes na área da beleza. As alunas do curso de maquiagem e cabeleireiro fizeram escova e maquiagem nas alunas e funcionárias da faculdade. Jeane cabeleireira há 10 anos, disse que se inscreveu no curso para aperfeiçoar seus conhecimentos em maquiagem. No projeto os alunos têm todo a material que precisam e encontram facilidade para ingressar no mercado de trabalho.

E por falar em profissionalização, Eduardo C. Valarelli, artista plástico fundador da OSC (Organização da Sociedade Civil) Carmim, que visa capacitar pessoas por meio da arte, falou da relevância de atitudes como a da Faculdade: “a iniciativa é fundamental, primeiro porque é um espaço universitário e acaba agregando valor na formação tanto para os alunos responsáveis pela organização quanto para os que estão visitando, o segundo fato de importância é poder divulgar o trabalho dessas organizações de uma maneira séria”.

A Carmim está passando por dificuldades financeiras pois estão sem patrocínio: “as alunas que escolheram o Carmim se sensibilizaram muito com a situação atual do projeto, que está sem patrocínio por conta da crise econômica” concluiu o artista plástico.

A coordenadora do curso de comunicação, Suli de Moura acompanhou todo o trabalho dos alunos e comentou sobre as perspectivas para o ano que vem: “a gente queria envolver os alunos a um projeto que a faculdade já tem como perfil, que são o das ONGs e do Terceiro Setor. E como a gente sempre se preocupa em trazer a teoria à prática, abraçamos a idéia do professor Cyro. E a segunda [Feira] vai ser bem melhor”.

Para abrilhantar a Feira os alunos puderam prestigiar a Bateria da Mancha Verde, que se apresentou na praça de alimentação da faculdade e empolgou todos os participantes.

Os alunos de Relações Públicas assistiram a uma palestra com a Drª Rosangela Xavier de Campos, advogada especialista em Direito Ambiental e atual diretora do CONSABESP - Conselho Coordenador das Associações de Bairros, Vilas e Cidades de São Paulo. Ela falou sobre as leis para as Organizações da Sociedade civil e Terceiro Setor e explicou as diferenças entre ONGs, OSCIPs (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e OSCs (Organizações da Sociedade Civil).

No encerramento do evento, os alunos responsáveis pela 1ª Feira do Terceiro Setor da FIRB participaram de um debate sobre o tema “Voluntariado Jovem”, que teve como convidados Marcos Eduardo Souza e Silva do Rotaract e André Spina do 1º Grupo de Escoteiros de São Paulo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Entrevista com o professor Marcos Alexandre B. Fochi, um dos organizadores da 1ª Feira do Terceiro Setor?

Por: Marcia Alves – 5ª etapa de jornalismo

Blog Quinta comunica - Como surgiu a ideia desta 1ª Feira do Terceiro Setor?

Marcos Alexandre - A ideia surgiu a partir das disciplinas Imagem Empresarial, ministrada por mim, e Planejamento em Relações Públicas, pelo professor Cyro.

Geralmente os alunos apresentam trabalhos para essas disciplinas. Nesse ano optamos por algo que os próprios alunos pudessem fazer. Um trabalho mais aprofundado, que pudesse cumprir com as exigências das duas disciplinas.

BQ - Por que da escolha de se trabalhar com as ONGs?

MA: Um dos motivos foi a facilidade de contato com essas organizações. Se pegássemos grandes empresas do segundo setor, por exemplo, nós teríamos muitas dificuldades de autorização, de conseguir informação.

Outro fator importante é a necessidade e a dificuldade que essas instituições de terceiro setor têm em captar recursos para manutenção de suas atividades. Pensamos, como professores, que precisamos propor algo, não só para que os alunos aprendam, mas para que eles se sintam úteis em fazer algo bom para a sociedade. Por outro lado, as instituições ganham, com esse tipo de iniciativa, visibilidade, recursos e envolvimentos de voluntários.

BQ - Quais foram os critérios para a escolha das ONGs?

MA - Na verdade, foram os próprios alunos que buscaram essas ONGs. Eles mostravam as propostas das instituições e nós, Cyro e eu, dizíamos se era interessante ou não.

BQ - Todos os alunos, que trouxeram as propostas, são engajados nas ONGs?

MA - Não necessariamente. Eles saíram em busca para verificar qual seria uma ONG interessante para se produzir o trabalho. Qual ONG estaria disposta a dar informação e a participar.

BQ - Havia um número mínimo ou máximo de ONGs que poderiam participar?

MA - Não. Mesmo por que este não é o único objetivo da disciplina e deste trabalho; existem outras coisas envolvidas. Por exemplo, o professor Cyro, propôs em sua disciplina, a criação de uma agência de comunicação de Relações Públicas e ela seria a responsável por esse trabalho, como se a ONG fosse uma cliente da agência. Portanto, antes de qualquer coisa, eles tiveram que se organizar em grupos, já visando o TCC. Por isso temos grupos que são um pouco maiores e outros um pouco menores.

BQ - Qual a contribuição do profissional de relações públicas para essas instituições?

MA - Não só para os relações públicas, mas também para os jornalistas, e os publicitários, o terceiro setor abre mais um campo de trabalho. Um local onde o profissional irá empregar seu conhecimento e também contribuir para seu próprio crescimento. Se você simpatiza com determinada causa, é gratificante prestar serviço a uma organização que voltada a essa causa. Saber que você trabalha num lugar que tem uma proposta de melhoria para a sociedade é realmente muito gratificante.

BQ - Você faz parte de alguma ONG?

MA - Não. Mas ajudo uma instituição que cuida de crianças carentes que conheci por meio de uma outra turma que realizou um trabalho como esse. Precisamos ter a consciência do que eles precisam. Doar realmente o que a instituição necessita. Mas gostaria de me envolver mais.

BQ - Qual a avaliação que você faz do trabalho voluntário nas ONGs?

MA - Não podemos julgar. Nem todos têm disponibilidade de tempo para abraçar a causa e dedicar-se totalmente. Aí entra novamente nosso papel como profissional de comunicação. Ou seja, desenvolver uma estratégia para mostrar às pessoas como elas podem ajudar. Tem muita gente, por exemplo, que está aposentada e precisa de uma atividade, até mesmo para se sentir útil, que poderia atuar como voluntário em uma ONG. Mas o que podemos observar, é que a maioria das pessoas atuantes nessas ONGs são jovens. À medida que esses voluntários amadurecem e são tomados por outros compromissos e obrigações, passam a se dedicar menos ao voluntariado.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

1ª Feira do Terceiro Setor promove conhecimento e responsabilidade social

Desenvolvida pelos alunos da 5ª etapa de Relações Públicas das Faculdades Integradas Rio Branco, a 1º Feira do Terceiro Setor, que acontece na própria faculdade nos dias 26 e 27 de maio, tem como principal objetivo orientá-los no desenvolvimento de ações de comunicação junto às instituições do Terceiro Setor.

Com programação variada, a Feira conta com exposições das sete Organizações Não Governamentais participantes, apresentações culturais e palestras voltadas ao terceiro setor e ao trabalho voluntário.

Cada ONG terá a oportunidade de divulgar seu trabalho, trazendo para todos a importância de suas atividades. Na exposição é possível conhecer melhor a Mães da Sé, que auxilia famílias para encontrar crianças desaparecidas; a Vila Criar, que oferece atendimento social, médica e cultural a crianças de baixa renda; e a SAVA – Solidariedade a Vida Animal, que promove eventos em prol dos animais e incentiva a adoção de cães e gatos. Enquanto os Projetos Carmim e Tesourinha buscam o desenvolvimento social e econômico por meio da capacitação profissional. Através do Rotaract e do 1º GESP – Grupo de Escoteiros de São Paulo, que prestam serviços a comunidade, é possível constatar o valor do trabalho voluntário.

Todos que participam da Feria podem ajudar doando alimentos não perecíveis, agasalhos ou ração para gato e cachorro.

terça-feira, 25 de maio de 2010

1ª Feira do Terceiro Setor nas Faculdades Integradas Rio Branco

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Show de talentos encerra a Semana da Comunicação com chave de ouro

Casal apresenta número de dança durante Show de talentos nas FRB (Imagem: Fernanda Martinelli)

Por Larissa Peruccini e Stephanie Stevanato

Para prestigiar os dons artísticos de seus alunos, a 10ª Semana da Comunicação das FRB abriu espaço para o 1º Show de Talentos, evento que encerrou a Semana. As apresentações aconteceram na praça de alimentação e contou com a presença de centenas de espectadores, dentre eles estudantes, coordenadores, professores e funcionários.

A noite começou com uma abertura inesperada e criativa. Um vídeo ilustrou a escolha da coordenadora do curso de Comunicação Social, Suli Moura, dos apresentadores da noite. Os eleitos foram Conrado Vidal, aluno da 7ª etapa de jornalismo e técnico do estúdio de TV e Jenniffer Bertarelli, aluna da 5ª etapa de Rádio e Televisão e estagiária do mesmo setor. Animados e espontâneos, a dupla comandou o espetáculo que contou com diferentes modalidades, como dança, música e declamação de poemas.

Na categoria dança, estilos como jazz, samba de gafieira e bolero agitaram a noite. Já nas apresentações musicais os alunos mostraram desenvoltura em instrumentos como flauta, gaita e violão, além de domínio da voz. Os poetas das FRB enalteceram seus trabalhos ao declamar suas obras.

Os mais aplaudidos da noite

O quarteto formado pelos alunos Hugo Klemar, Eduarda do Padro e Wagner de Oliveira, de Publicidade e Propaganda, e Naira Midore, aluna de Relações Públicas, demonstraram grande domínio no violão e flauta transversal interpretando a música Velha infância, do trio Tribalistas.

Muito aplaudidos, os alunos Alexandre Prodi, de Publicidade e Propaganda, acompanhado das vocais Carolina Vieira e Juliane Vieira e do tecladista Bruno Villas-Boaz, interpretaram o rap gospel Brasil.

A coordenadora do evento, professora Maria Genny Caturegli mostrou-se muito contente com o resultado final “O Show está maravilhoso, está excedendo as expectativas!”, e completou “os alunos participaram com entusiasmo e esforço. A audiência correspondeu à altura”.

“Caminhos Cruzados” leva três prêmios no 2º Festcom

Renata Carraro, diretora de redação do blog Quinta Comunica, sendo entrevistada por Conrado Vidal, apresentador do Show de Talentos (Imagem: Salua Oliveira)

Por Leonardo Fortunatti

Na noite desta sexta-feira, 14 de maio, último dia da 10ª Semana da Comunicação, foi realizada a premiação do 2º Festcom, que contou com apresentações dignas de um programa de auditório, apresentadas por Conrado Vidal e por Jennifer Bertarelli.

O grande vencedor da noite foi o vídeo "Caminhos Cruzados", que mostra duas visões de São Paulo: o contraste da região da Avenida Paulista e o parque Trianon.

O vídeo foi premiado nas categorias ‘’Júri técnico’’, ‘’Voto Popular’’ e ‘’Vídeo mais comentado’’. O júri especializado, representado pela cineasta e VJ da MTV Marina Person, deu seu voto para o vídeo Síria 2009, produzido pela aluna Dania Inayeh, da 3ª etapa de Rádio e TV da manhã.

Qual o critério da escolha dos vídeos?

Com tema livre e duração máxima de 70 segundos, 12 vídeos produzidos pelos alunos de Comunicação Social foram exibidos durante a Semana e concorreram nas seguintes categorias:

- Voto popular: Durante as palestras, o público recebeu cédulas para escolher o melhor vídeo;

- Júri técnico: Professores da Faculdade avaliaram os vídeos nas características técnicas, como roteiro, qualidade de imagem, som e criatividade;

- Comentários no blog: Os vídeos foram postados, um a um, aqui no blog Quinta Comunica no início da semana, e apenas os comentários julgados válidos pela equipe foram contabilizados para chegar ao ganhador do ‘’Vídeo mais comentado’’:

- Júri especializado: A cineasta Marina Person, na quinta-feira, escolheu um vídeo entre os 12, como o melhor.

Os vídeos Caminhos Cruzados, Último Minuto e Todo o seu talento, 1°,2° e 3° lugar, respectivamente, receberam um troféu.

A grande novidade desse ano foi que o grande vencedor recebeu como prêmio um curso da DRC Consulting (escola especializada em computação gráfica e vídeo digital).

São os universitários, recebendo premiação de gente grande!

Veja quantos comentários cada vídeo recebeu no blog (a apuração foi encerrada às 18h desta sexta-feira):

Caminhos cruzados - 27 comentários
O mistério - 4
Por um fio - 4
Síria 2009 - 4
Adversidades - 3
Estatística - 3
A jornada - 0
No trem - 0
São Paulo que você não vê - 0
Todo o seu talento - 0
Último minuto - 0
Vida de estagiário - 0

Blog Quinta Comunica recebe elogios de palestrantes

A cobertura da 10ª Semana da Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco, realizado pelos alunos da 5ª etapa de Jornalismo e Relações Públicas, foi muito elogiado por diversas pessoas, dentre elas os próprios palestrantes que estiveram presentes no evento.

Veja a mensagem deixada por Silvio Lico, sonoplasta do SBT e palestrante da noite da última quarta-feira, no período da noite:


Abaixo, veja transcrito um e-mail enviado por Paulo Piratininga, diretor da Scritta Serviço de Imprensa e que ministrou uma palestra nas FRB na última quinta-feira, dia 13 de maio, pelo período da manhã:

"Obrigado pela oportunidade. Revendo as imagens, fiquei emocionado. Lendo o texto, entrei no túnel do tempo de novo.

Parabéns pelo belo trabalho!"


Dr. Custódio Pereira, diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco, enaltece o blog da Quinta

Confira abaixo a mensagem deixada pelo Dr. Custódio:

"Prezada(o)s Coordenadora(e)s,

Abaixo o link para acessar o Blog da 10ª. Semana de Comunicacao Social. O uso dos recursos de tecnologia, quase que em tempo real, mostra a agilidade e qualidade dos nossos alunos de jornalismo/Comunicacao Social. Creio que estas ferramentas podem ser objeto de Workshop no nosso próximo encontro com os professores neste segundo semestre.

Vale a pena conhecer o Blog!! http://www.quintacomunica.blogspot.com/

Custodio Pereira

DIRETORIA GERAL - FRB"

Equipe de Feedback do blog Quinta Comunica é elogiada por Dimas Künsch e ex-aluna da faculdade

Veja mensagem deixada pelo Prof. Dr. Dimas Antonio Kunsch, coordenador dos cursos de pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero, elogiando a atenção dada pela:



Confira também o comentário deixado por Ana Carolina Neto, ex-aluna de jornalismo das Faculdades Integradas Rio Branco e que cobriu a 8ª Semana da Comunicação, em 2008:

Melhores Momentos - Elaine Coimbra

14Móbile Marketing foi o tema da última palestra da 10ª Semana de Comunicação, ministrada pela diretora da Foster Comunicação, Elaine Coimbra.

Veja os melhores momentos.

Mobile Marketing: “No passado, você era o que você possuía. Hoje, você é o que você compartilha”

A palestrante Elaine Coimbra fala sobre mobile marketing (Imagem:Danilo Viana)

Por Caroline Hidecla e Caio Fernandes

Finalizando as palestras da 10º Semana de Comunicação, as FRB receberam a presença de Elaine Coimbra, diretora da Foster Web Solutions, empresa de tecnologia de ponta voltada para a prestação de serviços em e-Consulting, e-Business e marketing via internet. A palestrante, formada em Ciências da Computação pela Universidade de São Paulo (Usp), passou aos alunos um pouco de sua experiência, dando destaque ao tema Mobile Marketing.


Elaine começou com um vídeo de apresentação de um de seus clientes, a Nokia, explicando que Mobile Marketing é um termo utilizado para definir ações realizadas através de celulares e dispositivos móveis. “Com a tecnologia o mundo ficou mais móvel, menos geográfico”, disse. Em sua grande maioria, as ações de marketing são realizadas para campanhas de uma determinada marca, através de SMS e MMS. O serviço possibilita que o consumidor interaja com a marca em qualquer lugar, a qualquer momento.


Números relevantes


Em um serviço como esse, os números são sempre importantes para satisfazer o cliente, transmitindo confiança na realização de sua estratégia de marketing. Logo, o Brasil tem bons motivos para as empresas apostarem nesse tipo de estratégia, uma vez que está em quinto lugar em número de aparelhos celulares. "Futuramente, algumas gerações nem vão passar pelo computador, porque o preço do Smartphone será muito baixo”, explicou a palestrante. Atualmente, o país possui 176 milhões de aparelhos em uso, sendo que 93 milhões têm acesso ao Bluetooth e 10 milhões são Smartphones. No entanto, apenas três milhões de usuários têm acesso à tecnologia 3G.


Elaine também citou alguns dos problemas que o serviço encontra para ser viabilizado no Brasil, dentre eles o enorme número de aparelhos, que exige um desenvolvimento diferente para cada modelo. Destacou também os problemas com as operadoras, que cobram taxas altas pelos serviços utilizados, diferentemente dos Estados Unidos, em que o consumidor paga apenas uma taxa e tem acesso ilimitado a todo o conteúdo.

Para exemplificar o sucesso das ações de marketing realizadas para celulares, Elaine citou o iPhone da Apple, líder isolada de vendas de Smartphones - muito por conta de seus inúmeros aplicativos, que chamam a atenção do consumidor. Com uma estratégia parecida, o Android, do Google, vem buscando espaço no mercado, deixando de cobrar por alguns de seus aplicativos e superando a Apple nesse aspecto.


Metrô no celular


Para ilustrar o sucesso do serviço de Mobile Marketing no Brasil, Elaine mencionou exemplos de empresas nacionais que utilizam tais ações de marketing. O Metrô de São Paulo, através do celular, fornece a previsão do tempo de trajeto, sendo disponibilizado tanto em aparelhos com poucas funções até nos mais sofisticados. Para aqueles que possuem mais funções, o aplicativo pode ser usado através do 3G, simulando um trajeto. Em aparelhos mais simples, o tempo e a rota são enviados via SMS. O serviço está disponível há cinco anos, mas não é tão conhecido por ser um serviço público, que não disponibiliza verba para divulgação.
A convidada ainda falou que o Metrô e a Foster lançarão um projeto que visa informar ao usuário de transporte público o tempo real da viagem, assim que o mesmo entrar em um vagão. 

Outra empresa brasileira que ganhou destaque com o Mobile Marketing foi a Bayer, lançando um aplicativo gratuito para mulheres grávidas ou que querem engravidar. A usuária pode criar seu próprio bebê virtual, que conversa com ela e dá dicas sobre beleza na gravidez, desenvolvimento do feto e outros assuntos. O aplicativo é disponibilizado para Android, iPhone e outros aparelhos.


Elaine aproveitou para explicar as etapas de uma estratégia de Mobile Marketing com seu cliente. O início se dá através do uso correto do SMS, passando pela criação de um site universal WAP, estudo do público e trabalho na criação dos aplicativos, principalmente para iPhone.
De acordo com a palestrante, a Foster não é somente uma agência de Mobile Marketing. Ela também cuida para que seus clientes aproximem suas marcas junto do público, usando a Foster como consultoria e idealizadora de projetos de marketing digital.

Oficina de Áudio e Vídeo, realizada pelo segundo ano consecutivo, dá asas à criatividade de alunos de RTV

Alunos da oficina aprendem a editar os videos produzidos (Imagem: Jéssica Almeida)

Por Felipe Alves e Tatiana Lanzelotti

Durante a 10ª Semana da Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco está acontecendo, paralelamente às palestras, a 2ª Oficina de Áudio e Vídeo, voltada para alunos da 1ª e 3ª etapas do curso de Rádio e TV. O objetivo é criar um canal para que os estudantes possam exercitar a criatividade, “adiantando” algumas informações que só receberiam a partir da 6ª etapa.

Houve muita procura, mas, como havia apenas 20 vagas, foram selecionados os alunos com as melhores notas. As aulas acontecem das 14 h às 18 h, de segunda a sexta-feira, e são ministradas por Conrado Vidal, Priscila Quintal e Maria Claudia Guaratto. Os três professores, que atualmente cursam Jornalismo nas FRB, já são formados em RTV - também na Rio Branco. O estagiário Marcelo Cañada, da 5ª etapa matutina, auxilia os técnicos durante as aulas.

Ao longo da Oficina, os estudantes aprendem como funciona uma produção audiovisual, desde a ideia inicial, passando pelo roteiro, gravação, edição e pós-produção. Eles também aprendem conceitos de iluminação e como utilizar a câmera para captar imagem e som. Após a introdução teórica, os alunos são divididos em dois grupos. Cada um monta um roteiro, grava, edita e faz a pós-produção. O resultado desse trabalho será exibido nesta sexta-feira, 14 de maio, durante o Show de Talentos dos alunos de Comunicação Social, que acontecerá na Praça de Alimentação e encerrará a 10ª Semana da Comunicação.

Com a palavra,os alunos

As experiências propostas pelas Faculdades fora da sala de aula são sempre muito bem recebidas pelos estudantes. Para Ricardo Bueno, da 3ª etapa de RTV, o mais interessante na Oficina é a oportunidade de trabalhar em equipe: “Na sala de aula, quem não quer fazer em grupo pode fazer individualmente. Aqui não. Acho isso legal, porque interagimos com as pessoas”.

Ana Carolina de Toledo e Dania Inayeh, também da 3ª etapa, acreditam que o ponto alto da Oficina é a possibilidade de colocar em prática aquilo que estudam na sala de aula. “A gente já havia gravado, mas sem roteiro. Aqui estamos aprendendo a fazer um roteiro, como planejar, nos organizar em equipe, fazer com que todos trabalhem para que aquilo que imaginamos os outros também possam ver”, afirmou Dania.

“Quanto mais cursos na área, mais oportunidades teremos na hora de procurar um bom emprego”, acrescentou Ana Carolina, que gostaria de ver mais iniciativas como essa. A ideia da Oficina de Áudio e Vídeo surgiu em 2009 e, como a primeira experiência foi muito positiva, as FRB decidiram repeti-la neste ano. A propósito, ao final das aulas todos os participantes receberão certificados.

A técnica Maria Claudia ressalta a seriedade com que os alunos encaram a proposta: “Como nosso critério de escolha é a nota, os participantes são realmente muito interessados, não rola brincadeirinha”. A coordenadora do curso de Comunicação Social, Suli de Moura, se diz muito feliz com o resultado: “Eu recebo currículos de estagiários que fizeram a Oficina no semestre passado. Prova de que eles aprendem muito, e todo mundo ganha com isso."

Resultado parcial do 1º Minuto Festcom 2010 (14/05)

Por Diogo Coelho

Os 12 vídeos que concorrem no 1º Minuto Festcom 2010 foram divulgados na última segunda-feira, 10 de maio, e serão agraciados nesta sexta-feira pelos júri popular, por meio de votação com cédulas, e técnico, composto por membros do corpo acadêmico das Faculdades Rio Branco que irão analisar os trabalhos.

Além destas duas categorias, os trabalhos que receberem mais comentários no blog Quinta Comunica receberão o prêmio de "Vídeo mais comentado".

ATENÇÃO! A votação dessa última categoria será encerrada hoje, às 18h. Portanto, as mensagens postadas a partir deste horário não serão computadas no resultado final.

Se você ainda não comentou os vídeos do Festcom, não perca tempo! Confira os trabalhos produzidos pelos alunos das Faculdades Rio Branco clicando aqui ou no link "1º Minuto Festcom 2010", embaixo da barra "Menu", e poste uma mensagem no(s) vídeo(s) que você mais gostou.

Confira abaixo os vídeos mais comentados:

Caminhos cruzados - 4 comentários
O mistério - 4
Por um fio - 4
Síria 2009 - 4
Adversidades - 3
Estatística - 3

OPINIÃO

“Vendem-se pautas”

Por Patrícia da Silva, aluna da 5ª etapa de RP

O vazamento da prova do Enem, em 2009, era o tema da palestra de terça-feira, 11 de maio, na 10ª Semana da Comunicação das Faculdades Rio Branco. Mas a palestrante, Renata Cafardo, foi bem além. Encarou corajosamente um tema delicado: a visão incorreta que muitas pessoas têm do jornalista, por acreditarem que esse profissional pode pagar por uma matéria. A repórter do Fantástico deixou bem claro: “comprar pauta” não faz parte do arcabouço ético nem da prática de quem faz bom jornalismo.

A prova do Enem foi oferecida ao jornal O Estado de São Paulo, através de um telefonema atendido por Renata, pela ninharia de 500 mil reais. Justificativa para a tentativa de extorsão: “Os paparazzi também não vendem fotos? Então, nós lhe vendemos essa prova para você fazer uma matéria”. Ouvimos sobre tantas coisas estranhas que se tenta vender... Mas comercializar pautas soa não exatamente como novidade, mas como algo definitivamente antiético.

E foi isso exatamente o que disse Renata: um bom jornalista não compra suas matérias. Da mesma forma, essa prática não está em cogitação para um veículo sério como o Estadão, jornal para o qual ela escrevia na época.

Uma matéria não é algo palpável a ponto de se poder fixar seu valor, nem quando está em jogo o interesse público, como no caso do Enem. Além disso, para se fazer uma boa reportagem não há necessidade de se pagar pela pauta: basta apurar as denúncias, investigar, checar as informações. Basta não ter preguiça de trabalhar. Em suma, basta fazer o que Renata fez.

Antes de desejar ser o primeiro a publicar uma matéria, é necessário ser sensível o bastante para perceber que uma pauta como a do Enem pode ser muito mais do que uma bomba. Poder servir para muito mais do que um simples furo jornalístico. Pode fazer um bem para a sociedade. Agindo dentro dos limites da ética profissional, Renata se negou a comprar a matéria, mas nem por isso abriu mão dela. Ao contrário: saiu do encontro com os “ladrões” cheia de ideias. Ela sabia, acima de tudo, que aquele assunto era de interesse nacional e que, se os fatos se comprovassem verdadeiros, era sua obrigação publicá-los.

A então repórter do Estadão foi ética e eficiente o bastante para encontrar fontes que confirmaram: a prova que tentaram lhe vender era realmente “legítima”. A denúncia feita pelo jornal levou ao cancelamento da avaliação do Enem, que estava marcado para dali a poucos dias. E apesar do trabalho que teve, das situações de perigo que enfrentou e da sensação de medo que a acompanhou durante o processo de apuração e checagem, o que Renata guardou para sempre foi a satisfação de ver a matéria publicada e a “quadrilha” desmascarada. Ao deixar a ética profissional falar mais alto, convenhamos, a jornalista teve suas compensações.

Como diria o poeta português Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Melhores Momentos - Marina Person

Para encerrar o ciclo de palestras da noite, a VJ da MTV, Marina Person, contou aos alunos um pouco de sua trajetória profissional e falou sobre o documentário Person.

Veja agora os melhores momentos.

Marina Person, VJ da MTV, fala sobre a carreira na emissora e sobre sua grande paixão, o cinema

Marina Person, VJ da MTV, durante palestra na noite desta quinta-feira nas FRB (Foto: Aline Cusato)

Por Bárbara Cristiano e Verônica de Souza                  

Para fechar com chave de ouro a maratona de palestras do período noturno da 10ª Semana da Comunicação, as Faculdades Integradas Rio Branco receberam, nesta quinta-feira, 13 de maio, Marina Person, cineasta e VJ (Video Jockey) do canal de televisão MTV.

Marina ingressou na MTV em 1993, na equipe de produção. “Eu fui para a TV, pois quando me formei em Cinema, na época do Collor, o cinema brasileiro passava por um momento difícil”. Ela contou que Zeca Camargo, hoje apresentador do Fantástico, da Globo, era o chefe de jornalismo na época:  "Fiz o teste, estava com medo, pois não sabia nada de TV. Conversamos e ele me disse: ‘Depois do Carnaval você começa’. Fui para ficar alguns meses e estou até hoje”.

Após dois anos, Marina assumiu o lugar de Chris Couto na apresentação do programa Cine MTV. Posteriormente, passou a apresentar programas musicais. Com isso, teve a oportunidade de unir duas paixões: cinema e música.

Questionada sobre o motivo de ser a única a ter se mantido na emissora após tanto tempo, a cineasta explicou: “Gosto do que faço e tenho a oportunidade de conciliar as duas profissões”. Já sobre o fato de ter acompanhando as diversas reestruturações da grade de programação, afirmou: “Quando entrei na MTV tudo era muito diferente de hoje, não havia internet e as linguagens eram outras. Como a espinha dorsal da emissora é a linguagem próxima do público, ela [emissora] tem que se adaptar às diferentes épocas”.

Um projeto muito pessoal

Outro assunto abordado na palestra foi o documentário Sobre Person (2003), dirigido por Marina, que retrata a vida e a obra de seu pai, o cineasta Luíz Sérgio Person. A obra, que demorou oitos anos para ser concluída, deu à VJ coragem para falar sobre algo que a incomodava: a morte do pai. ”Descobri mais sobre ele. Foram mais de vinte anos de análise em um filme”. Nesse trabalho, Marina teve um contato mais próximo com as produções realizadas por Person e percebeu a dimensão da importância de seu pai como artista, que realizou muito no pouco tempo que teve de vida - ele morreu pouco antes de completar 40 anos, num acidente automobilístico, em 1976.

O filme, que foi exibido no auditório das FRB, contém depoimentos de muitos que fizeram parte da vida pessoal e profissional de Person. Nomes como Walmor Chagas, Eva Wilma, Paulo Goulart, Millôr Ferandes e Jô Soares participam da película, falando sobre o cineasta. Regina Jehá e Domingas Person, mãe e irmã mais nova de Marina, respectivamente, também participam do documentário, além da própria cineasta, que fala das lembranças que têm guardadas do pai, apesar da pouca idade que tinha quando ele faleceu.

Marina também escreveu e dirigiu o curta Almoço Executivo, em parceria com Jorge Espírito-Santo, pelo qual receberam o prêmio de melhor direção no Festival de Gramado de 1997. Atualmente, ela apresenta o programa Top Top, com Léo Madeira, e o Viva! MTV, com Titi Müller, além de fazer, todos os anos, a cobertura da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).

Ao final da palestra, a cineasta e VJ deu uma “dica” aos alunos: “Tudo se aprende fazendo”. Além disso, foi enfática ao ensinar: “O que faz um bom filme é uma boa história!”

Fotografando ideias, exibindo criatividade


As clássicas fotos em preto e branco (Imagem: Jéssica Almeida Santos)

Por Milka Veríssimo

Registrar o momento através da fotografia pode ser um exercício de aprendizado técnico, de linguagem visual, de autoconhecimento e de relação interpessoal. Isso é o que se pretende nas disciplinas Oficina de Produção I e II do curso de Comunicação Social, que apresenta, na 10ª Semana de Comunicação, a 9ª Mostra de Fotografias.

Além de curtirem as palestras que agitam a faculdade, nas horas vagas os alunos prestigiam a exposição, distribuída pelos corredores das FRB. Os trabalhos dos estudantes são expostos com criatividade em cenários lúdicos, além de contar com as clássicas fotografias em preto e branco. As fotos coloridas roubam a cena, graças aos criativos figurinos e às ideias inovadoras.

Segundo o professor Albert Roger Hemsi, responsável pelas disciplinas, “a exposição tem como objetivo apresentar os trabalhos realizados nas Oficinas de Produção I e II para o público das Faculdades, e também para os presentes na Semana de Comunicação”. Com isso, os alunos veem seus trabalhos fora do contexto da sala de aula.

O conteúdo teórico e prático sobre fotografia, transmitido aos alunos no decorrer do primeiro ano do curso de Comunicação Social, é distribuído em duas fases. Durante a Oficina de Produção I as fotos são realizadas com filme preto e branco. O tema é livre e os alunos escolhem o espaço em que querem fotografar. É fundamental a presença de luz natural, e todo processo de revelação é feito nos laboratórios das FRB. Já em Oficina de Produção II o foco é a fotografia digital, que valoriza o trabalho em estúdio, com luz artificial, composição de figurinos e o uso da cor na realização de retratos fotográficos.

Diversão e aprendizado

De acordo com os alunos de Comunicação que já passaram pela experiência, as matérias são dinâmicas e divertidas. O aluno Paulo Eduardo, da 3ª etapa de Relações Públicas, falou que não teve muitas dificuldades no processo de revelação do filme preto e branco. Mas as partes técnicas relacionadas à fotometria − processo que mede a quantidade exata de luz necessária para formar a imagem no sensor ou filme fotográfico − e ao balanço de branco forçaram o estudante a estudar muito mais. No entanto, para Paulo, nem toda essa dor de cabeça foi capaz de deixar lembranças negativas. “Gostei muito de fotografia”, afirmou.

É importante frisar que nem todas as fotos são expostas. Devido à questão de espaço e qualidade das produções, só as melhores fotos coloridas participam da Mostra. Quando perguntado sobre o processo de seleção, o professor Albert foi categórico: “Para os trabalhos da Oficina de Produção I, fotos preto e branco, escolhemos uma imagem de cada aluno, independente da qualidade, e para as fotos coloridas da Oficina II, fazemos uma seleção das melhores”.

A exposição dos trabalhos facilita a interação entre aluno, professor e faculdade. Uma maneira divertida e bem-humorada de exibir ideias, amadurecer a criatividade e revelar talentos!

Fotos coloridas chamam a atenção dos alunos( Imagem: Jéssica Almeida Santos)

OPINIÃO

"O diploma acabou, mas a cultura não"

Por Camila Bellacosa, aluna da 5ª etapa de RP

O jornalista, radialista, poeta e âncora do Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan, Joseval Peixoto, marcou presença no segundo dia da 10ª Semana da Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco. Apesar de formado em Direito, ele seguiu a carreira jornalística, o que era comum no passado, quando ainda não havia no Brasil faculdades de Jornalismo. Sobre a extinção da obrigatoriedade do diploma de curso superior na área para o exercício da profissão, determinada pelo Supremo Tribunal Federal em 2009, o palestrante foi categórico ao afirmar: “O diploma acabou, mas a cultura não”, ressaltando, assim, a importância da formação acadêmica do profissional, independentemente da queda da exigência.

A regulamentação da profissão de jornalista foi estabelecida em 1938, sendo que em 1947 foi criado o primeiro curso de Jornalismo do país, o da Faculdade Cásper Líbero. A partir da década de 1960 começou-se a discutir, em termos de legislação, a exigência de diploma de curso superior na área para o exercício da profissão, o que foi oficializado pelo Decreto-Lei 972, de 1969. O entendimento, na época, era que a profissão de jornalista deveria ser validada como tal, impedindo-se assim o amadorismo, já que a atividade estava vinculada ao interesse público. Tal entendimenro foi o que vigorou até o ano passsado, com algumas “recaídas”.

Muitos estudantes, profissionais e até veículos jornalísticos criticaram a determinação do Supremo de acabar com a exigibilidade do diploma. O que era de se esperar, já que tal assunto é polêmico por natureza. Para o ministro do STF Ricardo Lewandowski, o jornalismo dispensa diploma e só requer dos profissionais que atuam na área "uma sólida cultura, domínio do idioma, formação ética e fidelidade aos fatos". Já para Gilmar Mendes, que foi relator do recurso, "o jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada". Ou seja, se a liberdade de expressão é garantida pela Constituição Federal, a exigência de diploma para poder informar seria uma limitação desse direito, que é de todos os cidadãos. Para ele, o jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. Trocando em miúdos, qualquer pessoa deve ter o direito de ser jornalista, desde que ganhe para isso.

Mas não podemos esquecer algo muito importante: é no ambiente acadêmico que se estabelecem as redes sociais, fundamentais para a criação de oportunidades de trabalho e contatos para parcerias profissionais futuras. É ali, também, que se estabelecem as bases sólidas para a formação não só técnica, mas humanística do profissional de qualquer área. Não por acaso, a preferência das empresas tem sido dada a quem investe em cursos de reciclagem ou pós-graduação, além da faculdade, pois são recursos que agregam conhecimento ao profissional, tornando-o mais qualificado e com um perfil mais competitivo para atuar no mercado de trabalho.

Se o STF dispensa tudo isso, pelo menos as empresas não estão cegas como a Justiça!

Melhores Momentos - Paulo Piratininga

Na manhã desta quinta-feira, 13 de maio, Paulo Piratininga, diretor da Scritta Serviços de Imprensa, conversou com os alunos sobre as melhores práticas na assessoria de imprensa.

Veja os melhores momentos:

Piratininga afirma: “Quem estuda jornalismo e não lê jornal, não abre revista, está no lugar errado”

  O assessor de imprensa Paulo Piratininga em palestra nas FRB (Imagem: Danilo Viana)

Por Rodrigo Hoschett e Felipe Araújo

O penúltimo dia da 10º Semana de Comunicação das FRB recebeu o jornalista Paulo Piratininga, diretor da Scritta – Serviço de Imprensa. Criada em 1992, a agência acumula experiências bem sucedidas na implementação de estratégias de comunicação para pequenas e médias empresas de diversos setores. Nesta quarta-feira, 13 de maio, Paulo falou sobre o tema: “Assessoria de Imprensa: as melhores práticas”.

O convidado assegurou que para as pequenas empresas terem suas notícias divulgadas na grande imprensa, falta gente que saiba definir a pauta, além de conhecimento estratégico para fazer  o release chegar para o jornalista certo. “Quem recebe material de assessoria de imprensa gosta de histórias novas e coisas que possam gerar uma grande matéria”, disse.

Construir a imagem do cliente é trabalho do assessor de imprensa. “Meus mandamentos com quem represento são: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Tenho que ser como advogado e defendê-los frente à mídia”. No mundo corporativo, além de tratar o cliente com extrema sinceridade, é primordial visitá-lo todo mês - nada substitui o contato pessoal. Aliás, Paulo fez questão de frisar que não acredita em entrevista por e-mail, só quando for inevitável: "Vem coisa na profundidade de um pires". 

O palestrante destacou que, para qualquer profissional, o trabalho deve ser desenvolvido com o coração e com muita perseverança. Na faculdade, o aluno paga para estudar; quando se gradua, ele recebe para aprender. “Desde que me formei trabalho muito. Hoje tenho tesão no que eu faço, abracei a profissão e tenho compromisso com o meu cliente”, disse Paulo. 

Afirmou ainda que por trás de um cliente satisfeito, sempre existe um assessor com atribuições e qualidades. Atualmente, ele só contrata Relações Públicas para essa função, pois acredita que esses profissionais são melhor preparados. Paulo enfatizou ainda que um assesssor de imprensa precisa se vestir bem, saber se portar à mesa, enfim, ser sociável para construir a imagem de uma empresa. Além disso, todos os dias é preciso se reinventar para manter um bom nível no setor de comunicação.

Talento supera o medo

Ainda jovem, Paulo pensou que seguiria a profissão de Engenheiro Mecânico. Mas, aos 18 anos de idade,  preferiu entrar para Comunicação e se formou em Rádio e TV. Mais tarde, concluiu o curso de Jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Ele confidenciou que no começo de sua carreira tinha um grande medo: “Será que eu tenho capacidade para escrever bem? Como conseguir isso?” Hoje, após 25 anos, acredita que tem dom e talento. “Naturalmente as coisas começaram a se encaixar, aprendi a escrever na porrada, ninguém me ensinou”, enfatizou.

Paulo organizou o livro Como usar a Mídia a seu Favor - as melhores práticas para ser notícia, lançado em 2008 pela editora CLA. Com parágrafos curtos e enxutos, a obra aborda aspectos de como pequenos e médios empresários podem conquistar espaço na imprensa. Além disso, ensina como tornar produtos, serviços e a própria empresa conhecidos sem gastar muito e quais são as melhores práticas e estratégias para se divulgar um negócio.

Para finalizar, o jornalista deu conselho aos alunos: “Temos que fazer o nosso trabalho de maneira correta, e sempre querer aprender”. Paulo, por exemplo, não contrata estagiários por considerá-los "folgados", muitos querem "escolher trabalho". Essa postura não condiz com o que o mercado exige de um profissional de Comunicação, que precisa estar sempre disposto a aprender.

Resultado parcial do 1º Minuto Festcom 2010 (13/05)

Por Diogo Coelho

Os 12 vídeos que concorrem no 1º Minuto Festcom 2010 foram divulgados na última segunda-feira, 10 de maio, e serão agraciados pelos júri popular, por meio de votação com cédulas, e técnico, composto por membros do corpo acadêmico das Faculdades Rio Branco que irão analisar os trabalhos.

Além destas duas categorias, os trabalhos que receberem mais comentários no blog Quinta Comunica receberá uma menção honrosa como "Vídeo mais comentado".

Se você ainda não comentou os vídeos do Festcom, não perca tempo! Confira os trabalhos produzidos pelos alunos das Faculdades Rio Branco clicando aqui ou no link "1º Minuto Festcom 2010", embaixo da barra "Menu", e poste uma mensagem no(s) vídeo(s) que você mais gostou.

Confira abaixo os vídeos mais comentados:

O mistério - 4 comentários
Caminhos cruzados - 3
Estatística - 3
Por um fio - 3
Síria 2009 - 3
Adversidades - 1

OPINIÃO

Profissional de Comunicação versus Novas Mídias

Por Fernanda Fraccaroli, aluna da 5ª etapa de Relações Públicas

“Tecnologia não é bem final e sim, meio”, afirma Roberto Schmidt, diretor de marketing da Rede Globo, em sua palestra proferida para os alunos de Comunicação Social, na 10ª Semana da Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco.

Internet, intranet, blogs, chat e outros, fazem parte do universo virtual cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, não importando idade, classe ou grau de instrução. As novas mídias invadem e se acomodam, fazendo que a sociedade sinta-se dependente dela, mesmo quando se fala em excluídos digitais. Mesmo estes, devido às ações de incentivo - por parte de governo, empresas privadas e 3º Setor -, aos poucos irão deixar as estatísticas.

Conforme Carolina Frazon Terra afirma no livro Blogs corporativos: modismo ou tendência (Difusão Editora, 2008), “o fato é que essas mídias estão, cada dia mais, fazendo parte de nossas vidas como forma de expressão e informação”. Isso reforça a idéia de que as novas mídias estão sendo absorvidas e sentidas como um apoio de comunicação, como interface entre emissores e receptores de informação, e na velocidade em que vem se fazendo perceber, auxiliam na identificação de modismos, formas, pensamentos e, até mesmo, sentimentos dos vários públicos. Em virtude disso, faz-se indispensável pesquisar de que forma essa nova mídia pode cooperar com o processo de comunicação.

Para o profissional de comunicação cabe, frente às novas mídias, saber articular-se de maneira multifacetada tanto na aquisição quanto na demonstração e transmissão da informação, sabendo de forma ética tramitar pela cibercultura. O aprimoramento deve ser constante e obviamente associado a boas ideias, item imprescindível para qualquer atividade.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Melhores Momentos - Heloiza Mattos

Doutora em Opinião Pública e Redes Sociais, Heloíza Mattos fala sobre "formação do capital social jovem" na primeira palestra desta quarta-feira, 12 de maio.

Veja agora os melhores momentos:

Pesquisadora de redes socias fala sobre a importância do capital social jovem em palestra nas FRB

A jornalista Heloiza Mattos palestrando na noite de quarta-feira (Imagem: Fernanda Martinelli)

Por André Itocazo e Bruno Fontes

“Quando a comunidade é civicamente mobilizada, a participação e o interesse público são muito maiores”, afirmou Heloiza Matos, doutora em Opinião Pública e Redes Sociais, durante palestra ministrada na quarta-feira, 12 de maio, na 10ª Semana da Comunicação das FRB. A pesquisadora focou sua fala no processo de formação do capital social, assunto pouco abordado no Brasil.

Em seu livro Capital Social e Comunicação – Interface e Articulações (Summus Editorial), Heloísa define capital social "como um conjunto de redes de comunicação e cooperação que facilitam a constituição das ações coletivas". De acordo com ela, o capital social se forma, basicamente, através do relacionamento entre os indivíduos nos meios sociais, real ou virtual.

Ela demonstrou para os jovens que acompanhavam a palestra que, a partir do relacionamento com outras pessoas, é possível criar uma rede de conhecimento - ou network. É justamente essa rede que influencia o modo como cada um pode crescer nos meios sociais. Ela citou ainda o livro Jogando Boliche Sozinho, no qual o autor Robert Putnam relata o desinteresse dos norte-americanos por discussões e participações públicas, tais como organizações políticas, religiosas, sociais, profissionais, culturais e esportivas. Ele salienta que as pessoas se comunicam cada vez menos pessoalmente, dando preferência a contato superficial.

"Paz e amor" em Woodstock

De acordo com Heloiza, as mobilizações são um grande fator do capital social. Eventos como o Festival de Woodstock, em 1969, que tinha como lema "Paz e Amor", concentrou forças para a luta contra a Guerra do Vietnã. Citou ainda a histórica Passeata dos 100 mil, em 1968, que reuniu milhares de pessoas no centro do Rio de Janeiro, em um dos protestos mais significativos contra a ditadura. Embora nessa época ainda não existissem as redes sociais virtuais, isso não impediu o sucesso das mobilizações.

A especialista explicou ainda que o capital social pode contribuir de várias formas, seja na área política ou social. A solidariedade e o esforço conjunto são seus maiores benefícios. Como nem tudo são flores, Heloiza deixou claro que existe um lado obscuro no capital social: “Não é toda reunião de grupo tem um bom objetivo”. O crime organizado, máfias, skinheads e outros grupos foram citados como exemplos de uso do capital social de maneira negativa. Outro exemplo aparecec no filme A Onda, que narra a situação do sistema capitalista durante a crise econômica, na qual os jovens criam uma forte descrença no futuro, o que leva ao aumento do consumo de álcool e drogas, e também à criação de grupos extremistas.

Questionada sobre o controle das empresas sobre as redes sociais em que seus funcionários estão envolvidos, Heloiza foi clara: “O jovem que entra numa comunidade chamada ‘Eu odeio meu trabalho’ está dando um tiro no pé”. Ela acredita que as empresas estão de olho nas redes sociais e aconselha àqueles que querem um bom emprego: sejam seletivos ao escolher as comunidades virtuais das quais participam.

Sem as calças, mas de cuecas

Heloiza também questionou o Flash Mob (Multidão Instantânea), um exemplo moderno de mobilização social. São pessoas que combinam de se encontrar para algum objetivo, geralmente engraçado. Como exemplo ela citou um Flash Mob feito no metrô de São Paulo, intitulado "No Pants", em que homens e mulheres invadiram o lugar sem as calças, mas usando normalmente cuecas, calcinhas, sapatos e bluss. “Tudo bem que foi um movimento cultural, mas leva pra onde mesmo?”

A palestrante revelou aos alunos que a professora de Relações Públicas das FRB, Rosemary Jordão, foi o motivo pelo qual a pesquisadora começou a buscar mais informações sobre redes sociais. Heloiza foi orientadora da dissertação de mestrado de Rose sobre a Índia, intitulada "A comunicação como estratégia de ação social: o banco do povo". "Naquele momento não sabíamos que estávamos tratando de capital social”, ela lembrou.

Até 2002 Heloiza Matos foi docente e pesquisadora na ECA-USP, trabalhando também com Opinião Publica. Atualmente é docente do programa de mestrado da Faculdade Cásper Líbero.

Confira abaixo a dissertação de mestrado "A comunicação como estratégia de ação social: o banco do povo", da professora Rose Jordão:
A comunicação como estratégia de ação social: o banco do povo                                                              

OPINIÃO

Se o silêncio é de prata, a notícia é de ouro

Por Aline Marchiori, aluna da 5ª etapa de Jornalismo

“O risco de vida quem impõe é você, o repórter”, afirmou Klester Cavalcanti quando questionado sobre a polêmica quebra de sigilo de fonte, em sua rápida passagem pelas Faculdades Integradas Rio Branco, no último dia 4 de maio.

Segundo o art. 5º, inciso XIV da Constituição Federal, "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional”. Mas até onde vai esse direito? Até onde os jornalistas podem ir para conseguir um furo de reportagem? Eis aqui questões que assombram o obscuro mundo do jornalismo investigativo.

Sendo clichê, mas indo direto ao ponto, pode-se dizer que “cada caso é um caso”. O próprio Klester pode ser usado como exemplo: certa ocasião, o jornalista fingiu fazer uma matéria cultural e passou dois dias entrevistando organizadores de rinhas de galo, prática proibida no Brasil. A reportagem resultou numa denúncia e em várias ameaças de morte ao autor. Já os jornalistas americanos Judith Miller, do The New York Times, e Matt Cooper, da revista Times, foram processados e ameaçados por se negarem a fornecer o nome da fonte que lhes revelou a identidade da agente secreta Valerie Plane, especializada em armas de destruição massiva.

Se o jornalista é porta-voz do povo, deve ouvir a população usando as informações fornecidas pelo próprio povo – eventuais fontes -, apurando o que foi dito e garantindo que isso não traga prejuízos futuros. Mas aí alguns perguntam: se o profissional não informa a fonte, como a informação pode ter credibilidade? E se a fonte for falsa e estiver apenas utilizando o jornalista para “plantar” informações de caráter duvidoso?

O fato é que as fontes passam informações de utilidade pública, mas conhecer sua identidade não é algo fundamental. A credibilidade da notícia vem através do nome do jornalista estampado na matéria – afinal, também o anonimato é proibido pela Constituição Federal - e pelo aval do veículo que a publicou. Não será, portanto, a exposição da fonte que tornará os fatos mais verossímeis.

A responsabilidade maior será sempre do jornalista, seja ela de escrever, apurar ou guardar segredo. Trata-se da união do bom senso com o talento. Uma palavra de um jornalista sobre sua fonte pode fazê-lo ganhar prêmios, mas custar vidas. O essencial é saber usar a informação sem expor a fonte, ou seja, jogar com o que se tem.

Sim, caros colegas, temos o poder de construir e destruir pessoas, a responsabilidade de proteger nossas fontes, guardar segredos de Estado e, mesmo assim, ainda tem gente que acha que não precisamos de diploma... É mole?

Internautas e professor da Cásper Líbero parabenizam o Quinta Comunica

Por Diogo Coelho

O trabalho de cobertura da 10ª Semana da Comunicação, realizado pelos alunos do 5º semestre de Jornalismo e Relações Públicas das Faculdades Rio Branco, já é reconhecido pelas pessoas que acessam o blog Quinta Comunica. Veja um comentário deixado pelo internauta identificado como "perolado":



Agora confira o comentário postado pelo Prof. Dr. Dimas A. Künsch, coordenador dos cursos de pós-graduação da Fundação Cásper Líbero, que destacou o uso das novas tecnologias para atrair o público:



Melhores Momentos - Silvio Lico

A palestra da manhã foi a do sonoplasta do SBT, Silvio Lico. Ele explicou aos alunos o que são chamadas, os tipos e como são feitas, ilustrando com vários vídeos.

Abaixo, os melhores momentos:

Sonoplasta do SBT fala sobre criação de chamadas televisivas e principais funções do profissional da área


Legenda: O sonoplasta Silvio Lico explicou o processo de criação das chamadas televisivas. (Imagem: Danilo Viana)

Por Allan Cândido

Silvio Lico é o que podemos classificar como um profissional experiente em sua área de atuação. Desde os tempos de início de sua carreira em Jundiaí, no interior de São Paulo, o atual sonoplasta do SBT soma ao todo mais de 30 anos de carreira. Chamadas televisivas, criação visual, vinhetas animadas, entre outros assuntos, fizeram parte do conteúdo que Lico, como é mais conhecido, passou para os estudantes de Comunicação em sua palestra na manhã desta quarta-feira, 12 de maio, na 10ª Semana da Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco.

Através de uma apresentação no telão do Auditório, Lico deu início à palestra explicando um pouco sobre a história da televisão no Brasil, citando sempre como referência o jornalista Assis Chateaubriand, ou Chatô - figura altamente influente na comunicação nas décadas de 1940 e 1950 e dono da primeira emissora em terras brasileiras, a TV Tupi. Na sequência, o foco da apresentação foram as chamadas televisivas, que nas palavras dele nada mais são do que “propagandas da própria emissora para vender um espaço, seja um programa, filme ou novela”.

“A diferença de chamadas televisivas entre o Brasil e, por exemplo, os EUA, é que aqui o tempo de produção é muito curto”, explicou. “Muitas vezes a chamada é feita no mesmo dia em que será exibida; o processo deles [EUA] é diferente, esse processo de criação de chamadas é mais bem programado”. Segundo o sonoplasta, as ferramentas de trabalho também deverão mudar em breve, como é o caso das fitas de gravação Beta, que deverão ser substituídas por arquivos digitais em uma rede interna das empresas.

Uma verdadeira aula
De acordo com o palestrante, o princípio básico para aqueles que querem trabalhar como técnicos de TV é saber as diferenças entre as chamadas: “Teasers têm a duração de no máximo 10 segundos, passou disso, já vira uma chamada normal”. Ele explicou, em suma, que uma chamada é composta por cinco elementos base: texto, locução, arte, takes e sonorização.

A palestra teve um aspecto bastante técnico, como se fosse uma verdedeira aula. Durante várias passagens, Lico fez questão de enfatizar que “chamadas faz quem gosta!”. Para o telespectador que consome apenas o produto final, pode parecer algo simples de se produzir. No entanto, para uma chamada ser finalizada, é necessário que o produto seja “tratado” por pelo menos cinco departamentos da emissora, entre eles a produção, sonorização e finalização.


Na profissão desde 1978 e na emissora de Silvio Santos desde 1997, Silvio Lico coleciona experiências profissionais e trabalhos dentro e fora do país. Nesta manhã, foi detalhista ao passar o conteúdo para o público no auditório – o sonoplasta, no decorrer da semana, gravou um vídeo das atividades de seus companheiros de trabalho para passar na palestra. Silvio finalizou respondendo as perguntas da plateia e agradecendo a todos – aos alunos e ao SBT, que segundo ele, foi uma escola em sua vida.

Resultado parcial do 1º Minuto Festcom 2010 (12/05)

Os 12 vídeos que concorrem no 1º Minuto Festcom 2010 foram divulgados na última segunda-feira, 10 de maio, e serão agraciados pelos júri popular, por meio de votação com cédulas, e técnico, composto por membros do corpo acadêmico das Faculdades Rio Branco que irão analisar os trabalhos.

Além destas duas categorias, os trabalhos que receberem mais comentários no blog Quinta Comunica receberá uma menção honrosa como "Vídeo mais comentado".

Se você ainda não comentou os vídeos do Festcom, não perca tempo! Confira os trabalhos produzidos pelos alunos das Faculdades Rio Branco clicando aqui ou no link "1º Minuto Festcom 2010",  embaixo da barra "Menu", e poste uma mensagem no(s) vídeo(s) que você mais gostou.

Confira abaixo os vídeos mais comentados:

O mistério - 3 comentários
Caminhos cruzados - 2
Estatística - 2
Por um fio - 2
Síria 2009 - 2
Adversidades - 1

Melhores Momentos - Renata Cafardo

Com o auditório completamente lotado, a jornalista Renata Cafardo se apresentou ontem contando detalhes de sua matéria sobre o vazamento da prova do ENEM.

Acompanhe abaixo os melhores momentos:

Melhores Momentos - Pedro Jorge

Na noite da quarta feira,12 de maio, Pedro Jorge, cineasta, falou sobre produção audiovisual independente e os desafios da carreira.

Veja os melhores momentos:

Pedro Jorge fala sobre as dificuldades para se fazer cinema independente no Brasil

Pedro Jorge durante sua palestra na noite de quarta-feira (Imagem: Fernanda Martinelli)

Por Thiago Tufano e Diogo Miloni

“Vontade é o que move a pessoa a buscar o que ela quiser”. Foram com estas palavras que o cineasta Pedro Jorge iniciou sua palestra nesta quarta-feira, 12 de maio, no auditório das Faculdades Rio Branco. O diretor foi um dos convidados para a 10ª Semana da Comunicação das FRB.

Ao contar em detalhes sua história, o público percebeu o motivo pelo qual o cineasta deu ênfase à palavra “vontade”. Segundo ele, é extremamente difícil trabalhar com cinema independente sem poder contar com nenhum tipo de apoio, como acontece no Brasil.

A paixão de Pedro pelo cinema vem da juventude, quando trabalhava em uma videolocadora. Na época, ele aproveitava os raros momentos de folga para assistir aos filmes disponíveis. Foi se interessando pelo assunto e acabou ingressando no curso de Cinema na Universidade Anhembi-Morumbi.

O palestrante contou que se inscreveu em diversos festivais de cinema independente, mas foi recusado na maioria deles. “Realmente foi muito difícil ser aceito nestes festivais, mas consegui entrar em alguns e cheguei a ganhar prêmios com as minhas produções”, comentou, orgulhoso.

TCC inovador

Quando terminou o curso de Cinema, Pedro estava sem ideias para o seu Trabalho de Conclusão de Curso. Foi aí que decidiu inovar: criou o curta-metragem “A Vermelha Luz do Bandido”, ganhador do Prêmios de Melhor Documentário da 2º Mostra Independente do Audiovisual Brasileiro (MIAU), em Goiânia, e do Prêmio de Melhor Documentário do Festival Câmera Mundo, em Roterdã, Holanda.

O curta é uma análise sobre o filme “O Bandido da Luz Vermelha”, de Rogério Sganzerla, que o palestrante considera “o melhor filme do cinema nacional”. O cantor Seu Jorge, com quem Pedro já havia trabalhado, tem participação especial no documentário.

O diretor explicou a relação da Comunicação com o filme: “No decorrer da faculdade, fiquei muito integrado com a Comunicação. Comecei a escutar rádio, ver televisão, fiquei muito aficionado pelo Datena”, brincou com a plateia. “Fiquei chocado com o poder que tem a TV”, concluiu.

Ao ser questionado sobre como funciona seu processo de criação, Pedro comentou o que o inspira. “Sou viciado em história em quadrinhos. Assim, meu roteiro nasce nesse mesmo formato, na minha imaginação. Esse jeito de criar aparece de forma bem evidente na obra mais recente do cineasta,  Tucunaré.

Atualmente, Pedro Jorge faz parte da equipe de montagem da série Hiper Real, cuja direção está nas mãos do cineasta Kiko Goifman e pode ser vista no canal de televisão SescTV.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Renata Cafardo, jornalista do Fantástico, revela detalhes de matéria exclusiva sobre o vazamento do ENEM

Renata Cafardo falou sobre os desafios e a situação do jornalismo educacional (Imagem: Fernanda Martinelli)

Por Larissa Nalin e Melissa Borges

Um furo de reportagem é o sonho de qualquer jornalista. E para contar os detalhes de uma matéria exclusiva, a jornalista Renata Cafardo, hoje repórter especial do programa Fantástico, da TV Globo, participou, na noite desta terça-feira, 11 de maio, da 10ª Semana da Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco.

Além de falar sobre o processo de apuração e checagem da matéria que produziu sobre o vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em 2009, quando ainda estava no jornal O Estado de S. Paulo , a repórter também falou sobre cobertura jornalística na área da educação em geral. (Clique aqui para ver a matéria)

O ENEM teve sua aplicação cancelada depois de receber do jornal a denúncia de que alguém tinha a posse da prova. Durante o contato, quem estava do outro lado da linha pedia R$ 500 mil para entregar a versão oficial da avaliação. Intrigada, Renata marcou um encontro com a pessoa para o mesmo dia.

Como o chefe de redação não permitiu que ela fosse ao local sozinha, dois fotógrafos e um jornalista acompanharam a repórter. Outra exigência do Estadão foi que fosse gravada a declaração de que o jornal não “compra informações”, já que não estava descartada a possibilidade de a ligação ser um trote.

Apuração e checagem

Renata saiu ao encontro da pessoa que a havia contatado. Chegando ao local combinado, conversou com dois rapazes, sendo que um deles era funcionário da gráfica responsável pela produção das provas do ENEM. Eles insistiram na venda do exemplar, mas Renata, em nome do Estadão, recusou a proposta. O que os rapazes não sabiam é que toda a conversa estava sendo gravada.

A jornalista relembrou: “Comecei a folhear a prova e dei uma olhada nas questões de matemática, mas não ia conseguir decorá-las. Passei para as de português, vi uma bandeira do Brasil, uma tira da Mafalda e uma questão que tratava do [poeta brasileiro] Drummond. Nesse momento, um dos negociantes disse: ‘Você já viu demais”. Foi quando Renata percebeu que todos os indícios apontavam para uma única direção: a prova era autêntica.

O processo de apuraração das informações obtidas no encontro foi determinado em reunião com o diretor-geral do Estadão, da qual também participaram todos os editores-chefes. A repórter ficou encarregada de entrar em contato com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a quem informou sobre as questões vistas na suposta prova. O ministro contatou as únicas três pessoas que tinham acesso às questões, e logo se confirmou que elas realmente fazem parte da avaliação oficial.

Em seguida, Reynaldo Fernandes, presidente do INEP - instituto governamental responsável pela elaboração e aplicação do ENEM -, declarou ao jornal que havia 99% de chances de a prova ter sido vazada. De madrugada, quando a última edição do Estadão já estava sendo fechada, chegou à redação a notícia de que a prova do ENEM havia sido cancelada, o que confirmava a denúncia. Com isso, o exame foi adiado e, posteriormente, houve a mudança nas datas de quase todos os vestibulares do País. 

Sujeira no ProUni

Além dessa reportagem, que segundo Renata foi a mais importante da sua carreira, ela recentemente foi responsável pela matéria que denunciava a concessão do benefício do ProUni - bolsa de estudos oferecida pelo Governo Federal a universitários de pouca renda - a estudantes da Faculdade de Medicina Uningá, na cidade paranaense de Maringá.

O detalhe é que as bolsistas tinham condições - e muita - de pagar as mensalidades. A pauta, veiculada no Fantástico, repercutiu no país inteiro e fez com que fosse cancelado o benefício concedido arbitrariamente. (Clique aqui e veja a matéria)

“Foi uma matéria muito complicada de fazer”, afirmou a jornalista, ressaltando ainda a dificuldade em abordar os envolvidos de uma maneira que não fosse agressiva. Nessas situações, “o importante é perguntar. Não importa se você não tiver respostas, você tem que perguntar”, ensinou Renata, que trabalhou durante dez anos no Estadão e se especializou, ao longo do tempo, na área educacional.

No jornal, ela chegou ao cargo de chefe de reportagem do caderno “Vida”, sendo responsável pelas matérias sobre educação, saúde, meio ambiente, entre outras. Sem se distanciar da área de educação, manteve o blog “A boa (e a má) educação” por um ano e meio, no portal do próprio jornal. Após essa longa experiência com impresso, decidiu aceitar o desafio de migrar para a TV. Hoje Renatatrabalha na sucursal do Fantástico em São Paulo.

A jornalista, que já recebeu diversos prêmios, entre eles o de Melhor Reportagem concedido pelo próprio O Estado de S. Paulo, em 2009, exatamente pela matéria sobre o vazamento do ENEM, finalizou a palestra chamando a atenção para o fato de que a área da educação não era muito reconhecida pelos jornais, que deixavam sempre a política e a economia nas primeiras páginas. Hoje, segundo Renata, a história é outra: trata-se de m assunto em evidência, porque traz à tona reportagens polêmicas e de interesse geral.

Melhores Momentos - Joseval Peixoto

Na palestra da manhã, Joseval Peixoto, âncora da rádio Jovem Pan, falou aos alunos e professores presentes sobre a Liberdade de Imprensa no Brasil.

Acompanhe abaixo os melhores momentos:

“Para todos os males da liberdade, uma solução: mais liberdade”, destaca o radialista Joseval Peixoto

 O radialista Joseval Peixoto conversa com os alunos, enquanto a equipe da cobertura em tempo real atualiza o Twitter. (Imagem: Danilo Viana)

Por Daniel Santarosa e Donizete Henrique

“Os que se apropriam do poder não gostam de críticas, portanto, não gostam da imprensa”. Com essa frase, o radialista Joseval Peixoto marcou o segundo dia da 10ª Semana da Comunicação. A palestra sobre "Liberdade de Imprensa no Brasil", aconteceu nesta manhã de terça, 11 de maio, no auditório das FRB.

O jornalista, radialista, poeta e âncora do Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan (FM 100,9) é formado em Direito, mas falou sobre os desafios que enfrentou na juventude para seguir a profissão jornalística. "Não cursei faculdade, é verdade”,  admitiu Joseval, cuja primeira experiência como narrador foi bem cedo, como ele mesmo conta: “O primeiro lugar em que fiz  uma narração foi no alto faltante da rodoviária, com 15 anos, ganhando trezentos cruzeiros”.

Narrador do tri 

Em São Paulo, Joseval foi contratado por Edson Leite, lendário narrador esportivo de rádio nos anos 1950 e 1960, quando ainda trabalhava narrando jogos no interior do estado. Começou então a trabalhar na Rádio Bandeirantes, na locução comercial, informando o horário. Depois passou pela Tupi, Record e SBT, entre outros veículos. Segundo o palestrante, o que mais marcou sua carreira no radiojornalismo foi a "transmissão" dos 30 minutos finais da emocionante decisão da Copa do Mundo de 1970 entre Brasil e Itália, no México, que trouxe ao país o tricampeonato no futebol.

Depois de muitas histórias, Joseval retomou o tema da liberdade de imprensa e falou sobre o perigoso momento que este assunto enfrenta no Brasil e no mundo. “Os que se apropriam do poder não gostam de críticas, portanto, não gostam da imprensa”, acusou. Em seguida, passou a explicar seu ponto de vista: “No Brasil, curiosamente, nós temos uma constituição que dá ao jornalista a mais absoluta liberdade", afirmou, citando o Artigo 220 da Constuição Federal. No entanto, a Lei  nº 9.504, de 1997, veda às emissoras de rádio e televisão a transmissão de pesquisa ou consulta popular de natureza eleitoral. “Ou seja, o povo está proibido de falar no rádio ou televisão em ano eleitoral”.

Para fortalecer sua tese, Joseval falou sobre o trabalho que a mídia já exerceu, no passado, no cumprimento das transmissões e pesquisas eleitorais. “Quando Erundina, Paulo Maluf e João Leiva concorreram pela prefeitura de São Paulo, todos os institutos deram a vitória de Paulo Maluf". No entanto, já na Jovem Pan, às 17h e 21 minutos o radialista  foi para o ar Jovem Pan e anunciou: "Esta eleita a senhora Luiza Erundina, prefeita da capital”.

Obrigatoriedado do diploma 

A queda da obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo também não passou em branco na fala do palestrante: “Minha neta entrou para a faculdade de Jornalismo e me questionou sobre o assunto", contou. "Expliquei para ela que o diploma acabou, mas a cultura não”. Aliás, uma fala que Joseval lembra desde a infância é: “O conhecimento do ser humano tem três graus. O primeiro é o conhecimento popular, que, embora primário, é usado por 95% da população mundial. O segundo é o científico, que é o conhecimento da causa das coisas. Por fim, há o filosófico, conhecimento da causa das causas”.

Após responder a perguntas de alunos e professores, sempre insistindo na máxima “para todos os males da liberdade, só há uma solução: mais liberdade!”, um momento marcante: o radialista se emocionou ao falar sobre a morte do jornalista Vladmir Herzog, assassinado durante o perído da ditadura no país. Na época, Joseval, já sabendo da morte do diretor do Departamento de Telejornalismo da TV Cultura, mas impedido de noticiá-la, só pode fazer dois minutos de silêncio.

Vida de repórter impede Caco Barcellos de chegar a tempo para terceira palestra da Semana

Por Felipe Alves e Josi Campos, com informações da Redação do Blog

Apesar de se esforçar, Caco Barcellos não conseguiu finalizar no horário previsto as gravações para o programa Profissão Repórter, da Rede Globo, que esteve realizando durante todo o dia de ontem em Santos, litoral sul de São Paulo. Pautado para uma série de reportagens sobre a vida dos jogadores da Seleção Brasileira, ele viajou às pressas na manhã de segunda-feira, 10 de maio, para fazer uma matéria com a família de Robinho - já que o nome do atacante era dado como certo na lista do técnico Dunga.

Até as 23h de ontem, Caco ainda não havia retornado à capital, mas através de um membro de sua equipe enviou um pedido de desculpas para os alunos e professores das FRB. Mesmo com toda essa correria, ele viajou nesta terça-feira, 11 de maio, para o Rio de Janeiro, a fim de acompanhar ao vivo a divulgação da lista dos jogadores convocados para a Copa do Mundo, que aconteceu às 13 horas.

Meses atrás, quando aceitou dar a palestra nas FRB, o idealizador do Profissão Repórter fez a ressalva de que sua agenda é complicada, já que pode ser alterada a qualquer instante por decisão da emissora. Caco - cujo filho estudou no Colégio Rio Branco até concluir o Ensino Médio, em 2009, disse que faz questão de vir às Faculdades ainda este ano.

Uma carreira de sucesso

Formado em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Caco Barcelos, iniciou sua carreira durante a Ditadura Militar no jornal Folha da Manhã, de Porto Alegre. Foi um dos criadores da revista Versus, que apresentava grandes reportagens sobre a América Latina, e trabalhou também na Veja e na Isto É.

Na Rede Globo desde 1985, passou a atuar como correspondente internacional em Londres no ano de 2001. O jornalista trabalhou, ainda, nos principais programas jornalísticos da emissora, como Globo Repórter, Fantástico, Jornal Nacional e, atualmente, está no ar com Profissão Repórter, cuja ideia é mostrar diferentes ângulos da notícia – com a ajuda de jovens repórteres – e de envolver cada profissional da equipe em todas as etapas da produção: da reportagem à edição.

Reconhecidamente um dos melhores jornalistas investigativos do país, suas matérias já lhe renderam mais de 20 prêmios, entre eles, em 2008, o Troféu Especial de Imprensa ONU, premiação realizada pelo Centro de Informações das Nações Unidas para o Brasil (Unic-Rio). Nessa premiação, foram escolhidos os cinco jornalistas brasileiros que mais se destacaram na cobertura dos Direitos Humanos no Brasil.

Além de repórter consagrado, Caco Barcellos é também escritor. Autor de grandes obras do jornalismo investigativo, ele tem em seu currículo dois Prêmios Jabuti. Em 1993, ganhou na categoria Reportagem com o livro Rota 66, que conta a história dos policiais que faziam ronda com o carro de número 66 das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) e mataram três jovens. Por meio dessa obra, foi denunciado um período de 22 anos de execuções desta unidade especial, o que levou à identificação de 4.200 vítimas.

Já o livro Abusado: O Dono do Morro Dona Marta ganhou, em 2004, o Prêmio Jabuti, na categoria obra Não Ficção, além do Prêmio Vladimir Herzog, em 2003, na categoria Livro-Reportagem. A obra relata o tráfico nos morros cariocas e fala desde como "nascem" os traficantes até o relacionamento deles com a comunidade.