quinta-feira, 13 de maio de 2010

Melhores Momentos - Marina Person

Para encerrar o ciclo de palestras da noite, a VJ da MTV, Marina Person, contou aos alunos um pouco de sua trajetória profissional e falou sobre o documentário Person.

Veja agora os melhores momentos.

Marina Person, VJ da MTV, fala sobre a carreira na emissora e sobre sua grande paixão, o cinema

Marina Person, VJ da MTV, durante palestra na noite desta quinta-feira nas FRB (Foto: Aline Cusato)

Por Bárbara Cristiano e Verônica de Souza                  

Para fechar com chave de ouro a maratona de palestras do período noturno da 10ª Semana da Comunicação, as Faculdades Integradas Rio Branco receberam, nesta quinta-feira, 13 de maio, Marina Person, cineasta e VJ (Video Jockey) do canal de televisão MTV.

Marina ingressou na MTV em 1993, na equipe de produção. “Eu fui para a TV, pois quando me formei em Cinema, na época do Collor, o cinema brasileiro passava por um momento difícil”. Ela contou que Zeca Camargo, hoje apresentador do Fantástico, da Globo, era o chefe de jornalismo na época:  "Fiz o teste, estava com medo, pois não sabia nada de TV. Conversamos e ele me disse: ‘Depois do Carnaval você começa’. Fui para ficar alguns meses e estou até hoje”.

Após dois anos, Marina assumiu o lugar de Chris Couto na apresentação do programa Cine MTV. Posteriormente, passou a apresentar programas musicais. Com isso, teve a oportunidade de unir duas paixões: cinema e música.

Questionada sobre o motivo de ser a única a ter se mantido na emissora após tanto tempo, a cineasta explicou: “Gosto do que faço e tenho a oportunidade de conciliar as duas profissões”. Já sobre o fato de ter acompanhando as diversas reestruturações da grade de programação, afirmou: “Quando entrei na MTV tudo era muito diferente de hoje, não havia internet e as linguagens eram outras. Como a espinha dorsal da emissora é a linguagem próxima do público, ela [emissora] tem que se adaptar às diferentes épocas”.

Um projeto muito pessoal

Outro assunto abordado na palestra foi o documentário Sobre Person (2003), dirigido por Marina, que retrata a vida e a obra de seu pai, o cineasta Luíz Sérgio Person. A obra, que demorou oitos anos para ser concluída, deu à VJ coragem para falar sobre algo que a incomodava: a morte do pai. ”Descobri mais sobre ele. Foram mais de vinte anos de análise em um filme”. Nesse trabalho, Marina teve um contato mais próximo com as produções realizadas por Person e percebeu a dimensão da importância de seu pai como artista, que realizou muito no pouco tempo que teve de vida - ele morreu pouco antes de completar 40 anos, num acidente automobilístico, em 1976.

O filme, que foi exibido no auditório das FRB, contém depoimentos de muitos que fizeram parte da vida pessoal e profissional de Person. Nomes como Walmor Chagas, Eva Wilma, Paulo Goulart, Millôr Ferandes e Jô Soares participam da película, falando sobre o cineasta. Regina Jehá e Domingas Person, mãe e irmã mais nova de Marina, respectivamente, também participam do documentário, além da própria cineasta, que fala das lembranças que têm guardadas do pai, apesar da pouca idade que tinha quando ele faleceu.

Marina também escreveu e dirigiu o curta Almoço Executivo, em parceria com Jorge Espírito-Santo, pelo qual receberam o prêmio de melhor direção no Festival de Gramado de 1997. Atualmente, ela apresenta o programa Top Top, com Léo Madeira, e o Viva! MTV, com Titi Müller, além de fazer, todos os anos, a cobertura da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).

Ao final da palestra, a cineasta e VJ deu uma “dica” aos alunos: “Tudo se aprende fazendo”. Além disso, foi enfática ao ensinar: “O que faz um bom filme é uma boa história!”

Fotografando ideias, exibindo criatividade


As clássicas fotos em preto e branco (Imagem: Jéssica Almeida Santos)

Por Milka Veríssimo

Registrar o momento através da fotografia pode ser um exercício de aprendizado técnico, de linguagem visual, de autoconhecimento e de relação interpessoal. Isso é o que se pretende nas disciplinas Oficina de Produção I e II do curso de Comunicação Social, que apresenta, na 10ª Semana de Comunicação, a 9ª Mostra de Fotografias.

Além de curtirem as palestras que agitam a faculdade, nas horas vagas os alunos prestigiam a exposição, distribuída pelos corredores das FRB. Os trabalhos dos estudantes são expostos com criatividade em cenários lúdicos, além de contar com as clássicas fotografias em preto e branco. As fotos coloridas roubam a cena, graças aos criativos figurinos e às ideias inovadoras.

Segundo o professor Albert Roger Hemsi, responsável pelas disciplinas, “a exposição tem como objetivo apresentar os trabalhos realizados nas Oficinas de Produção I e II para o público das Faculdades, e também para os presentes na Semana de Comunicação”. Com isso, os alunos veem seus trabalhos fora do contexto da sala de aula.

O conteúdo teórico e prático sobre fotografia, transmitido aos alunos no decorrer do primeiro ano do curso de Comunicação Social, é distribuído em duas fases. Durante a Oficina de Produção I as fotos são realizadas com filme preto e branco. O tema é livre e os alunos escolhem o espaço em que querem fotografar. É fundamental a presença de luz natural, e todo processo de revelação é feito nos laboratórios das FRB. Já em Oficina de Produção II o foco é a fotografia digital, que valoriza o trabalho em estúdio, com luz artificial, composição de figurinos e o uso da cor na realização de retratos fotográficos.

Diversão e aprendizado

De acordo com os alunos de Comunicação que já passaram pela experiência, as matérias são dinâmicas e divertidas. O aluno Paulo Eduardo, da 3ª etapa de Relações Públicas, falou que não teve muitas dificuldades no processo de revelação do filme preto e branco. Mas as partes técnicas relacionadas à fotometria − processo que mede a quantidade exata de luz necessária para formar a imagem no sensor ou filme fotográfico − e ao balanço de branco forçaram o estudante a estudar muito mais. No entanto, para Paulo, nem toda essa dor de cabeça foi capaz de deixar lembranças negativas. “Gostei muito de fotografia”, afirmou.

É importante frisar que nem todas as fotos são expostas. Devido à questão de espaço e qualidade das produções, só as melhores fotos coloridas participam da Mostra. Quando perguntado sobre o processo de seleção, o professor Albert foi categórico: “Para os trabalhos da Oficina de Produção I, fotos preto e branco, escolhemos uma imagem de cada aluno, independente da qualidade, e para as fotos coloridas da Oficina II, fazemos uma seleção das melhores”.

A exposição dos trabalhos facilita a interação entre aluno, professor e faculdade. Uma maneira divertida e bem-humorada de exibir ideias, amadurecer a criatividade e revelar talentos!

Fotos coloridas chamam a atenção dos alunos( Imagem: Jéssica Almeida Santos)

OPINIÃO

"O diploma acabou, mas a cultura não"

Por Camila Bellacosa, aluna da 5ª etapa de RP

O jornalista, radialista, poeta e âncora do Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan, Joseval Peixoto, marcou presença no segundo dia da 10ª Semana da Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco. Apesar de formado em Direito, ele seguiu a carreira jornalística, o que era comum no passado, quando ainda não havia no Brasil faculdades de Jornalismo. Sobre a extinção da obrigatoriedade do diploma de curso superior na área para o exercício da profissão, determinada pelo Supremo Tribunal Federal em 2009, o palestrante foi categórico ao afirmar: “O diploma acabou, mas a cultura não”, ressaltando, assim, a importância da formação acadêmica do profissional, independentemente da queda da exigência.

A regulamentação da profissão de jornalista foi estabelecida em 1938, sendo que em 1947 foi criado o primeiro curso de Jornalismo do país, o da Faculdade Cásper Líbero. A partir da década de 1960 começou-se a discutir, em termos de legislação, a exigência de diploma de curso superior na área para o exercício da profissão, o que foi oficializado pelo Decreto-Lei 972, de 1969. O entendimento, na época, era que a profissão de jornalista deveria ser validada como tal, impedindo-se assim o amadorismo, já que a atividade estava vinculada ao interesse público. Tal entendimenro foi o que vigorou até o ano passsado, com algumas “recaídas”.

Muitos estudantes, profissionais e até veículos jornalísticos criticaram a determinação do Supremo de acabar com a exigibilidade do diploma. O que era de se esperar, já que tal assunto é polêmico por natureza. Para o ministro do STF Ricardo Lewandowski, o jornalismo dispensa diploma e só requer dos profissionais que atuam na área "uma sólida cultura, domínio do idioma, formação ética e fidelidade aos fatos". Já para Gilmar Mendes, que foi relator do recurso, "o jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada". Ou seja, se a liberdade de expressão é garantida pela Constituição Federal, a exigência de diploma para poder informar seria uma limitação desse direito, que é de todos os cidadãos. Para ele, o jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. Trocando em miúdos, qualquer pessoa deve ter o direito de ser jornalista, desde que ganhe para isso.

Mas não podemos esquecer algo muito importante: é no ambiente acadêmico que se estabelecem as redes sociais, fundamentais para a criação de oportunidades de trabalho e contatos para parcerias profissionais futuras. É ali, também, que se estabelecem as bases sólidas para a formação não só técnica, mas humanística do profissional de qualquer área. Não por acaso, a preferência das empresas tem sido dada a quem investe em cursos de reciclagem ou pós-graduação, além da faculdade, pois são recursos que agregam conhecimento ao profissional, tornando-o mais qualificado e com um perfil mais competitivo para atuar no mercado de trabalho.

Se o STF dispensa tudo isso, pelo menos as empresas não estão cegas como a Justiça!

Melhores Momentos - Paulo Piratininga

Na manhã desta quinta-feira, 13 de maio, Paulo Piratininga, diretor da Scritta Serviços de Imprensa, conversou com os alunos sobre as melhores práticas na assessoria de imprensa.

Veja os melhores momentos:

Piratininga afirma: “Quem estuda jornalismo e não lê jornal, não abre revista, está no lugar errado”

  O assessor de imprensa Paulo Piratininga em palestra nas FRB (Imagem: Danilo Viana)

Por Rodrigo Hoschett e Felipe Araújo

O penúltimo dia da 10º Semana de Comunicação das FRB recebeu o jornalista Paulo Piratininga, diretor da Scritta – Serviço de Imprensa. Criada em 1992, a agência acumula experiências bem sucedidas na implementação de estratégias de comunicação para pequenas e médias empresas de diversos setores. Nesta quarta-feira, 13 de maio, Paulo falou sobre o tema: “Assessoria de Imprensa: as melhores práticas”.

O convidado assegurou que para as pequenas empresas terem suas notícias divulgadas na grande imprensa, falta gente que saiba definir a pauta, além de conhecimento estratégico para fazer  o release chegar para o jornalista certo. “Quem recebe material de assessoria de imprensa gosta de histórias novas e coisas que possam gerar uma grande matéria”, disse.

Construir a imagem do cliente é trabalho do assessor de imprensa. “Meus mandamentos com quem represento são: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Tenho que ser como advogado e defendê-los frente à mídia”. No mundo corporativo, além de tratar o cliente com extrema sinceridade, é primordial visitá-lo todo mês - nada substitui o contato pessoal. Aliás, Paulo fez questão de frisar que não acredita em entrevista por e-mail, só quando for inevitável: "Vem coisa na profundidade de um pires". 

O palestrante destacou que, para qualquer profissional, o trabalho deve ser desenvolvido com o coração e com muita perseverança. Na faculdade, o aluno paga para estudar; quando se gradua, ele recebe para aprender. “Desde que me formei trabalho muito. Hoje tenho tesão no que eu faço, abracei a profissão e tenho compromisso com o meu cliente”, disse Paulo. 

Afirmou ainda que por trás de um cliente satisfeito, sempre existe um assessor com atribuições e qualidades. Atualmente, ele só contrata Relações Públicas para essa função, pois acredita que esses profissionais são melhor preparados. Paulo enfatizou ainda que um assesssor de imprensa precisa se vestir bem, saber se portar à mesa, enfim, ser sociável para construir a imagem de uma empresa. Além disso, todos os dias é preciso se reinventar para manter um bom nível no setor de comunicação.

Talento supera o medo

Ainda jovem, Paulo pensou que seguiria a profissão de Engenheiro Mecânico. Mas, aos 18 anos de idade,  preferiu entrar para Comunicação e se formou em Rádio e TV. Mais tarde, concluiu o curso de Jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Ele confidenciou que no começo de sua carreira tinha um grande medo: “Será que eu tenho capacidade para escrever bem? Como conseguir isso?” Hoje, após 25 anos, acredita que tem dom e talento. “Naturalmente as coisas começaram a se encaixar, aprendi a escrever na porrada, ninguém me ensinou”, enfatizou.

Paulo organizou o livro Como usar a Mídia a seu Favor - as melhores práticas para ser notícia, lançado em 2008 pela editora CLA. Com parágrafos curtos e enxutos, a obra aborda aspectos de como pequenos e médios empresários podem conquistar espaço na imprensa. Além disso, ensina como tornar produtos, serviços e a própria empresa conhecidos sem gastar muito e quais são as melhores práticas e estratégias para se divulgar um negócio.

Para finalizar, o jornalista deu conselho aos alunos: “Temos que fazer o nosso trabalho de maneira correta, e sempre querer aprender”. Paulo, por exemplo, não contrata estagiários por considerá-los "folgados", muitos querem "escolher trabalho". Essa postura não condiz com o que o mercado exige de um profissional de Comunicação, que precisa estar sempre disposto a aprender.

Resultado parcial do 1º Minuto Festcom 2010 (13/05)

Por Diogo Coelho

Os 12 vídeos que concorrem no 1º Minuto Festcom 2010 foram divulgados na última segunda-feira, 10 de maio, e serão agraciados pelos júri popular, por meio de votação com cédulas, e técnico, composto por membros do corpo acadêmico das Faculdades Rio Branco que irão analisar os trabalhos.

Além destas duas categorias, os trabalhos que receberem mais comentários no blog Quinta Comunica receberá uma menção honrosa como "Vídeo mais comentado".

Se você ainda não comentou os vídeos do Festcom, não perca tempo! Confira os trabalhos produzidos pelos alunos das Faculdades Rio Branco clicando aqui ou no link "1º Minuto Festcom 2010", embaixo da barra "Menu", e poste uma mensagem no(s) vídeo(s) que você mais gostou.

Confira abaixo os vídeos mais comentados:

O mistério - 4 comentários
Caminhos cruzados - 3
Estatística - 3
Por um fio - 3
Síria 2009 - 3
Adversidades - 1

OPINIÃO

Profissional de Comunicação versus Novas Mídias

Por Fernanda Fraccaroli, aluna da 5ª etapa de Relações Públicas

“Tecnologia não é bem final e sim, meio”, afirma Roberto Schmidt, diretor de marketing da Rede Globo, em sua palestra proferida para os alunos de Comunicação Social, na 10ª Semana da Comunicação das Faculdades Integradas Rio Branco.

Internet, intranet, blogs, chat e outros, fazem parte do universo virtual cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, não importando idade, classe ou grau de instrução. As novas mídias invadem e se acomodam, fazendo que a sociedade sinta-se dependente dela, mesmo quando se fala em excluídos digitais. Mesmo estes, devido às ações de incentivo - por parte de governo, empresas privadas e 3º Setor -, aos poucos irão deixar as estatísticas.

Conforme Carolina Frazon Terra afirma no livro Blogs corporativos: modismo ou tendência (Difusão Editora, 2008), “o fato é que essas mídias estão, cada dia mais, fazendo parte de nossas vidas como forma de expressão e informação”. Isso reforça a idéia de que as novas mídias estão sendo absorvidas e sentidas como um apoio de comunicação, como interface entre emissores e receptores de informação, e na velocidade em que vem se fazendo perceber, auxiliam na identificação de modismos, formas, pensamentos e, até mesmo, sentimentos dos vários públicos. Em virtude disso, faz-se indispensável pesquisar de que forma essa nova mídia pode cooperar com o processo de comunicação.

Para o profissional de comunicação cabe, frente às novas mídias, saber articular-se de maneira multifacetada tanto na aquisição quanto na demonstração e transmissão da informação, sabendo de forma ética tramitar pela cibercultura. O aprimoramento deve ser constante e obviamente associado a boas ideias, item imprescindível para qualquer atividade.