O assessor de imprensa Paulo Piratininga em palestra nas FRB (Imagem: Danilo Viana)
Por Rodrigo Hoschett e Felipe Araújo
O penúltimo dia da 10º Semana de Comunicação das FRB recebeu o jornalista Paulo Piratininga, diretor da Scritta – Serviço de Imprensa. Criada em 1992, a agência acumula experiências bem sucedidas na implementação de estratégias de comunicação para pequenas e médias empresas de diversos setores. Nesta quarta-feira, 13 de maio, Paulo falou sobre o tema: “Assessoria de Imprensa: as melhores práticas”.
O convidado assegurou que para as pequenas empresas terem suas notícias divulgadas na grande imprensa, falta gente que saiba definir a pauta, além de conhecimento estratégico para fazer o release chegar para o jornalista certo. “Quem recebe material de assessoria de imprensa gosta de histórias novas e coisas que possam gerar uma grande matéria”, disse.
Construir a imagem do cliente é trabalho do assessor de imprensa. “Meus mandamentos com quem represento são: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Tenho que ser como advogado e defendê-los frente à mídia”. No mundo corporativo, além de tratar o cliente com extrema sinceridade, é primordial visitá-lo todo mês - nada substitui o contato pessoal. Aliás, Paulo fez questão de frisar que não acredita em entrevista por e-mail, só quando for inevitável: "Vem coisa na profundidade de um pires".
O palestrante destacou que, para qualquer profissional, o trabalho deve ser desenvolvido com o coração e com muita perseverança. Na faculdade, o aluno paga para estudar; quando se gradua, ele recebe para aprender. “Desde que me formei trabalho muito. Hoje tenho tesão no que eu faço, abracei a profissão e tenho compromisso com o meu cliente”, disse Paulo.
Afirmou ainda que por trás de um cliente satisfeito, sempre existe um assessor com atribuições e qualidades. Atualmente, ele só contrata Relações Públicas para essa função, pois acredita que esses profissionais são melhor preparados. Paulo enfatizou ainda que um assesssor de imprensa precisa se vestir bem, saber se portar à mesa, enfim, ser sociável para construir a imagem de uma empresa. Além disso, todos os dias é preciso se reinventar para manter um bom nível no setor de comunicação.
Talento supera o medo
Ainda jovem, Paulo pensou que seguiria a profissão de Engenheiro Mecânico. Mas, aos 18 anos de idade, preferiu entrar para Comunicação e se formou em Rádio e TV. Mais tarde, concluiu o curso de Jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Ele confidenciou que no começo de sua carreira tinha um grande medo: “Será que eu tenho capacidade para escrever bem? Como conseguir isso?” Hoje, após 25 anos, acredita que tem dom e talento. “Naturalmente as coisas começaram a se encaixar, aprendi a escrever na porrada, ninguém me ensinou”, enfatizou.
Paulo organizou o livro Como usar a Mídia a seu Favor - as melhores práticas para ser notícia, lançado em 2008 pela editora CLA. Com parágrafos curtos e enxutos, a obra aborda aspectos de como pequenos e médios empresários podem conquistar espaço na imprensa. Além disso, ensina como tornar produtos, serviços e a própria empresa conhecidos sem gastar muito e quais são as melhores práticas e estratégias para se divulgar um negócio.
Para finalizar, o jornalista deu conselho aos alunos: “Temos que fazer o nosso trabalho de maneira correta, e sempre querer aprender”. Paulo, por exemplo, não contrata estagiários por considerá-los "folgados", muitos querem "escolher trabalho". Essa postura não condiz com o que o mercado exige de um profissional de Comunicação, que precisa estar sempre disposto a aprender.
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