quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pedro Jorge fala sobre as dificuldades para se fazer cinema independente no Brasil

Pedro Jorge durante sua palestra na noite de quarta-feira (Imagem: Fernanda Martinelli)

Por Thiago Tufano e Diogo Miloni

“Vontade é o que move a pessoa a buscar o que ela quiser”. Foram com estas palavras que o cineasta Pedro Jorge iniciou sua palestra nesta quarta-feira, 12 de maio, no auditório das Faculdades Rio Branco. O diretor foi um dos convidados para a 10ª Semana da Comunicação das FRB.

Ao contar em detalhes sua história, o público percebeu o motivo pelo qual o cineasta deu ênfase à palavra “vontade”. Segundo ele, é extremamente difícil trabalhar com cinema independente sem poder contar com nenhum tipo de apoio, como acontece no Brasil.

A paixão de Pedro pelo cinema vem da juventude, quando trabalhava em uma videolocadora. Na época, ele aproveitava os raros momentos de folga para assistir aos filmes disponíveis. Foi se interessando pelo assunto e acabou ingressando no curso de Cinema na Universidade Anhembi-Morumbi.

O palestrante contou que se inscreveu em diversos festivais de cinema independente, mas foi recusado na maioria deles. “Realmente foi muito difícil ser aceito nestes festivais, mas consegui entrar em alguns e cheguei a ganhar prêmios com as minhas produções”, comentou, orgulhoso.

TCC inovador

Quando terminou o curso de Cinema, Pedro estava sem ideias para o seu Trabalho de Conclusão de Curso. Foi aí que decidiu inovar: criou o curta-metragem “A Vermelha Luz do Bandido”, ganhador do Prêmios de Melhor Documentário da 2º Mostra Independente do Audiovisual Brasileiro (MIAU), em Goiânia, e do Prêmio de Melhor Documentário do Festival Câmera Mundo, em Roterdã, Holanda.

O curta é uma análise sobre o filme “O Bandido da Luz Vermelha”, de Rogério Sganzerla, que o palestrante considera “o melhor filme do cinema nacional”. O cantor Seu Jorge, com quem Pedro já havia trabalhado, tem participação especial no documentário.

O diretor explicou a relação da Comunicação com o filme: “No decorrer da faculdade, fiquei muito integrado com a Comunicação. Comecei a escutar rádio, ver televisão, fiquei muito aficionado pelo Datena”, brincou com a plateia. “Fiquei chocado com o poder que tem a TV”, concluiu.

Ao ser questionado sobre como funciona seu processo de criação, Pedro comentou o que o inspira. “Sou viciado em história em quadrinhos. Assim, meu roteiro nasce nesse mesmo formato, na minha imaginação. Esse jeito de criar aparece de forma bem evidente na obra mais recente do cineasta,  Tucunaré.

Atualmente, Pedro Jorge faz parte da equipe de montagem da série Hiper Real, cuja direção está nas mãos do cineasta Kiko Goifman e pode ser vista no canal de televisão SescTV.

5 comentários:

Anônimo disse...

Com certeza fazer cinema no Brasil não é fácil, ainda mais cinema independente. Esperamos que a Lei Federal de Incentivo à Cultura ,de dezembro de 1991, comece a desempenhar a sua função, antes tarde do que nunca!!! Parabéns pela matéria Thiago e Diogo.

Rodrigo Hoschett

Unknown disse...

Não assisti a palestra, como adoro cinema, li a matéria o gostei muito.

Adriana Gavronski

Jade disse...

Caros Rodrigo e Adriana,

Agradecemos os comentários e ficamos satisfeitos com o reconhecimento do nosso trabalho.

Continuem participando e acompanhando nosso blog e twitter: http://twitter.com/quintacomunica com informações durante toda a semana de comunicação.


Jade Rainha
Equipe Feedback Blog
5ª Etapa Relações Públicas

Anônimo disse...

Rodrigo e Jade,

Gostaria de também deixar meu agradecimento em nome do Quinta Comunica e deixar meu singelo comentario em relação ao belo artigo.
É dificil saber que o nosso país não possui a sensibilidade de enxergar uma gama de profissionais habilitados, competentes e apaixonados pelo cinema e que infelizmente não possuem recursos para fazer seus até então projetos se tornarem "cinema". Quero acreditar que daqui a alguns anos isso mude, e o cinema independente no Brasil seja reconhecido.


Mayara Andrade
Equipe feedbeck blog
5ºetapa de Relações Públicas

Mayara disse...

Rodrigo e Jade,

Gostaria de também deixar meu agradecimento em nome do Quinta Comunica e deixar meu singelo comentário em relação ao belo artigo.
É difícil saber que o nosso país não possui a sensibilidade de enxergar uma gama de profissionais habilitadas, competentes e apaixonados pelo cinema e que infelizmente não possuem recursos para fazer seus até então projetos se tornarem "cinema". Quero acreditar que daqui a alguns anos isso mude, e o cinema independente no Brasil seja reconhecido.


Mayara Andrade
Equipe feedbeck blog
5ºetapa de Relações Públicas

Postar um comentário